Monday, December 8, 2014

O Lado bom da Vida, por Matthew Quick




Sinopse
Pat Peoples, um ex-professor de história na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um 'tempo separados'. 
Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, sua esposa negando-se a aceitar revê-lo e seus amigos evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora um viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. 
À medida que seu passado aos poucos ressurge em sua memória, Pat começa a entender que 'é melhor ser gentil que ter razão' e faz dessa convicção sua meta. Tendo a seu lado o excêntrico (mas competente) psiquiatra Dr. Patel e Tiffany, a irmã viúva de seu melhor amigo, Pat descobrirá que nem todos os finais são felizes, mas que sempre vale a pena tentar mais uma vez.
Um livro comovente sobre um homem que acredita na felicidade, no amor e na esperança.



    Este foi para mim aquele tipo de livro do qual eu não sabia o que esperar. Já ouvi críticas boas e ruins a seu respeito. Creio que por seu enredo possuir um tom diferente da maioria dos livros, ele tenha gerado tanta divergência de opiniões. Para mim, contudo, ele tem uma representação especial, pois confesso que durante a leitura me apeguei ao personagem e a seu modo de pensar e ver o mundo.
     Pat Peoples acaba de sair de uma instituição psiquiátrica na qual esteve internado por cerca de 4 anos, apesar de acreditar que tenham sido só alguns meses. Algo ruim aconteceu em seu passado, mas o que realmente importa agora é que pôde sair do Lugar Ruim e viver em sua casa novamente. Seu maior objetivo é encerrar o Tempo Separados com sua mulher, Nikki. Sendo assim, o seu maior objetivo é tê-la de volta. Pat sabe que não foi um bom marido no passado e que sua estadia na clínica tem a ver com isso, portanto ele tenta a todo momento se tornar uma pessoa melhor, mais paciente, compreensiva, social, e ainda alguém que cuida muito de seu corpo, com direito a séries de malhação e corridas diárias.
     Pat é um bom homem, com um coração puro. É muito fácil para o leitor se apegar a ele, pois em alguns momentos seu modo de pensar se equivale ao de uma criança, e há uma melhor compreensão do sofrimento pelo qual ele passa, visto que nem todos entendem como sua mente funciona. O pai mal fala com ele, e algumas pessoas o ignoram ou o chamam de louco (não que não o seja). 
    Uma grande marca de Pat é sua tendência a buscar o Lado Bom da Vida. Ele não entende porque o mundo está sempre a ver o lado negativo, e após tanto tempo no Lugar Ruim, ele não poupa esforços para se tornar alguém melhor, e isto inclui uma angústia pelo mundo e pelas pessoas negativas que nele estão.
     Creio que este livro seja uma leitura rápida, típica de fim de semana. Ele apresenta uma abordagem simples, porém traz muito mais consigo do que aparenta, sendo seus personagens muito ricos e ativos na história. Indico àqueles que buscam diversão e ao mesmo tempo uma reflexão sobre a vida.


Depressão pós-livro:  90%
Avaliação Final: 85%

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